Israel realizou ataques aéreos pesados no sul do Líbano e o Hezbollah afirmou ter lançado drones explosivos e foguetes poderosos contra alvos israelenses na quarta-feira (8), em uma escalada de sete meses de hostilidades na região da fronteira.
Os ataques israelenses mataram três combatentes palestinos das Brigadas Quds, o braço armado do movimento Jihad Islâmica, de acordo com o grupo. O Hezbollah disse que pelo menos um de seus combatentes também foi morto.
O conflito entre o Hezbollah e Israel vem se arrastando desde outubro, em paralelo ao conflito em Gaza, deslocando dezenas de milhares de pessoas em ambos os lados da fronteira e gerando preocupações com uma guerra maior entre os adversários fortemente armados.
Os militares israelenses disseram que atingiram estruturas militares e infra-estrutura pertencentes ao Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, em três locais no sul do Líbano, incluindo mais de 20 ataques a alvos do Hezbollah na área de Ramyeh.
O Hezbollah disse ter lançado drones explosivos em uma sede militar na cidade fronteiriça israelense de Ya’ara e ter disparado foguetes Burkan em um quartel em Biranit, entre pelo menos 10 ataques anunciados pelo grupo na quarta-feira.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano relatou ataques israelenses em 28 cidades e vilas do sul libanês, um reduto do Hezbollah. Duas fontes de segurança no Líbano disseram que os israelenses estavam usando munições poderosas em uma tentativa aparente de atingir bunkers subterrâneos do Hezbollah.
O exército de Israel disse ter identificado explosões secundárias durante o ataque de sua artilharia e jatos de combate na área de Ramyeh, indicando a existência de instalações de armazenamento de armas no local.
O deslocamento de cerca de 60 mil moradores do norte de Israel provocou pedidos dentro de Israel para uma ação militar mais firme contra o Hezbollah. Do outro lado da fronteira, no Líbano, cerca de 90 mil pessoas também foram deslocadas pelos ataques israelenses.
Os militares israelenses disseram em abril que haviam completado mais um passo na preparação para uma possível guerra com o Hezbollah, centrada na logística, incluindo os preparativos para uma ampla mobilização de reservistas.
Mais de 250 militantes do Hezbollah e 75 civis foram mortos em ataques israelenses ao Líbano desde outubro, dizem fontes libanesas. Em Israel, cerca de 20 pessoas – incluindo soldados e civis – foram mortas.
Os Estados Unidos e a França têm procurado neutralizar o conflito por meio da diplomacia.
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