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Lojistas e comerciários dizem que ação de Lula para emprego é insuficiente

Lojistas e comerciários dizem que ação de Lula para emprego é insuficiente



Depois de saber mais detalhes, dirigentes de sindicato e entidade patronais e de comerciários acabaram esmorecendo e criticando o alcance e valores. 

O temor que ronda o setor são as demissões por empresas com caixa zerado por estarem fechadas em meio ou ainda neste começo de junho.

A coluna Minuto Varejo questionou se vai ter demissão, mesmo com o programa que prevê o pagamento de um salário-mínimo mensal por dois meses.

“A previsão é de que sim, porque não resolve o problema só protela”, avisa o presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre, Nilton Souza, o Neco Souza.

“Empresas que ficaram 30 dias debaixo d’água, sem receber nada no caixa, como fazem, se o salário for maior que o mínimo e não têm dinheiro pra completar?”, devolve a indagação o sindicalista.

O SindecPOA previa, antes do anúncio de Lula, que o setor pode chegar a 10 mil demitidos na Capital, que soma vem mil empregado no setor e 30 mil estabelecimentos comerciais. 

Arcione Piva, presidente do Sindicato dos Lojistas (SindilojasPOA), avalia que “toda ajuda é muito bem-vinda”. “Este tipo de ajuda é o que vínhamos lutando desde o primeiro dia das enchentes, mas não é suficiente”, mas Piva dá a real:

“Têm muitos lojistas que não faturaram nada ainda, como vão ter recursos para completar esse valor?”.

O presidente da Federação das Associações Gaúchas do Varejo (FAGV), Vilson Noer, cita que a dificuldade de caixa para honrar salários já bateu à porta de 70% dos negócios atingidos, principalmente aqueles com operações inundadas, que não teriam conseguido pagar os funcionários.

“Sabemos há um mês isso. Sem caixa e sem vendas, o que poderiam fazer? Já tínhamos retorno de muitos lojistas de que iriam dar início a demissões”, adverte Noer. Sobre o programa lançado, o presidente da FAGV avalia que a medida é um começo para “fechar o dique de demissões no Estado”. Sobre as medidas anunciadas nesta quinta-feira, ele observa:  

“Falamos com lojistas que estão analisando os valores a serem pagos, para tomar a decisão de manter (empregos) ou demitir. (o programa) vale para quem paga pouco ou salário-mínimo”. Noer acredita que pode ocorrer ampliação da ajuda: “Poderão estender. Tinha que fechar a sangria já!”.



Fonte: Jornal do Comércio

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