O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou uma nota de pesar, nesta segunda-feira (12), pela morte do economista Antônio Delfim Netto, aos 96 anos, em São Paulo (SP).
O economista estava internado desde a semana passada no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, em decorrência de complicações no seu quadro de saúde.
Delfim Netto, que comandou a área econômica do governo brasileiro durante grande parte do período da ditadura militar no país (1964-1985), se tornaria um dos principais “conselheiros” de Lula na economia, nos dois primeiros mandatos do petista na Presidência da República (2003-2010).
“Durante 30 anos, eu fiz críticas ao Delfim Netto. Na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos”, escreveu Lula, em nota.
“Delfim participou muito da elaboração das políticas econômicas daquele período. Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes”, elogiou o presidente.
Na nota de pesar, Lula comparou a importância de Delfim Netto à de Maria da Conceição Tavares (1930-2024), que morreu em junho deste ano, para a economia brasileira.
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“Em um curto espaço de tempo, o Brasil perdeu duas referências do debate econômico no país: Delfim Netto e Maria da Conceição Tavares. Fica o legado do trabalho e pensamento dos dois, divergentes, mas ambos de grande inteligência e erudição, para ser debatido pelas futuras gerações de economistas e homens públicos”, escreveu Lula.