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Manifestantes pró-palestina são presos na Universidade da Califórnia

Manifestantes pró-palestina são presos na Universidade da Califórnia


A polícia retirou nessa quarta-feira (15) manifestantes pró-palestina que ocupavam um auditório do prédio da Universidade da Califórnia, em Irvine, e depois esvaziou um acampamento estudantil também favorável à causa palestina que durou mais de duas semanas, disseram testemunhas.

Agentes de diferentes forças policiais partiram para o campus depois que funcionários da universidade solicitaram ajuda porque os manifestantes ocuparam o auditório, levando a escola a classificar o ato como “protesto violento”, disseram a polícia e funcionários da universidade.

A operação durou cerca de quatro horas depois, segundo a universidade e testemunhas ouvidas pela Reuters.

“A polícia retomou a sala de aula”, disse o porta-voz da UC Irvine, Tom Vasich, por telefone no local. “E a praça (onde estava o acampamento) foi esvaziada pelos agentes.”

Vasich disse que houve um “número mínimo de prisões” e caracterizou os manifestantes como “cooperativos a contragosto”.

Horas antes da meia-noite, a universidade disse que a atividade policial no campus foi concluída e que todas as aulas seriam ministradas remotamente nesta quinta-feira (16), pedindo aos funcionários que não comparecessem ao campus.

A manifestação em Irvine, a cerca de 65 km ao sul de Los Angeles, é a mais recente de uma série de protestos em campus nos Estados Unidos sobre a guerra em Gaza, nos quais ativistas pediram um cessar-fogo e a proteção das vidas de civis, exigindo também que as universidades abandonem ativos financeiros de empresas israelenses.

Os manifestantes da UC Irvine estabeleceram um acampamento adjacente ao auditório em 29 de abril, semelhante aos de outras universidades, o que levou a prisões em massa e confrontos com a polícia em outras partes do país.

Numa carta publicada no final do dia, o Reitor da Universidade, Howard Gillman, disse: “A minha preocupação agora não é a irracionalidade das suas exigências. É a sua decisão de transformar uma situação administrável que não exigia o envolvimento da polícia numa situação que exigia uma abordagem diferente. Eu nunca quis isso. Dediquei todas as minhas energias para evitar que isso acontecesse”.

Na quarta-feira (15), cerca de 300 manifestantes ocuparam um auditório num momento em que não havia aulas, disse Vasich.

A polícia formou uma barricada enquanto um policial alertava a multidão por um alto-falante de que o ato era ilegal e que eles corriam o risco de prisão, caso permanecessem, informaram as autoridades locais.

Estudantes entoavam gritos de guerra, tocavam tambores e hasteavam faixas enquanto os policiais formavam fileiras ao redor do prédio, testemunhou a Reuters.

Outros quatro prédios no entorno foram trancados, e quem estava do lado de dentro foi instruído a não deixar o local, disse Vasich, embora a universidade posteriormente tenha alterado essa instrução e, em vez disso, os tenha aconselhado a sair.

Pouco antes do anoitecer, a polícia invadiu o auditório e travou um tenso impasse com os manifestantes no acampamento.

A polícia avançou gradualmente, empurrando os estudantes para trás a cada poucos minutos, até que os policiais atacaram a multidão e fizeram mais prisões.

Em pouco tempo, a maioria dos manifestantes recuou, a polícia manteve a praça vazia e repleta de lixo.

Desde o dia em que o acampamento começou, Gillman disse que a universidade tem negociado com os estudantes, mas não conseguiu chegar a um acordo para encontrar um local alternativo “apropriado e não perturbador”.

Gillman disse que a universidade não pode decidir seletivamente deixar de aplicar regras contra o acampamento ilegal e que “a Universidade da Califórnia deixou claro que não retirará seus ativos de companhias israelenses”.

“Os manifestantes do acampamento concentraram a maior parte de suas demandas em ações que exigiriam que a universidade violasse os direitos de liberdade acadêmica dos professores, os direitos de liberdade de expressão dos professores e colegas estudantes, e os direitos civis de muitos de nossos estudantes judeus”, disse Gillman na segunda-feira (13).



Fonte: CNN Brasil

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