O presidente da Argentina, Javier Milei, voltou a defender em viagem à Espanha, na sexta-feira 21, transformar em “crime contra a humanidade” a emissão de moeda.
Segundo o ultradireitista, a proposta virá à tona no momento em que “o Banco Central estiver completamente saneado”.
“Enviaremos uma lei pela qual emitir dinheiro seja crime e esse crime seja contra a humanidade”, afirmou, em Madrid. “E se for emitido dinheiro, o presidente da Nação, o ministro da Economia, o presidente do Banco Central, toda a sua diretoria e os deputados e senadores que aprovarem essas medidas irão para a prisão.”
Nas redes sociais, o economista Carlos Rodríguez – que durante a campanha de 2023 chegou a ser designado por Milei como “assessor sênior” – respondeu que, se a lei já estivesse em vigência, o presidente argentino estaria na prisão.
“Melhor parar de dizer bobagens. Nos últimos 30 dias (7 de junho/7 de maio) a Base Monetária, ou seja, dinheiro, cresceu (foi emitida) 31,7%”, escreveu no X. “Isso equivale a uma taxa anualizada de emissão de dinheiro de 2.634%. São dados oficiais do Balanço Semanal do Banco Central.”