A 74 dias do primeiro turno, o prefeito Eduardo Paes (PSD) tem ampla vantagem sobre seus adversários na disputa pelas eleições municipais no Rio de Janeiro (RJ), segundo nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (24).
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O levantamento, realizado entre os dias 19 e 22 de julho, mostra que, se a eleição fosse hoje, Paes seria reeleito em primeiro turno. Foram feitas duas simulações estimuladas de primeiro turno (ou seja, quando o entrevistador lista nomes de candidatos ao eleitor).
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No primeiro deles, Paes lidera com 49% das intenções de voto − três vezes mais do que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), com 13%, que está em empate técnico, no limite da margem de erro, com o também parlamentar Tarcísio Motta (PSOL), com 7%. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Na sequência, aparecem Cyro Garcia (PSTU) e Rodrigo Amorim (União Brasil), ambos com 3%. Juliete Panjota (UP) e Marcelo Queiroz (PP) têm 2% cada um. Já Carol Sponza (Novo) e Dani Balbi (PCdoB) aparecem com 1% cada. Todos estão tecnicamente empatados com Tarcísio Motta. Henrique Simonard (PCO) não pontuou. Eleitores indecisos somam 4%, e os que declararam voto em branco, nulo ou que não pretendem votar representam 15%.
O segundo cenário, que também foi testado em levantamento feito em junho, considera metade dos candidatos da primeira simulação − foram excluídos Carol Sponza, Cyro Garcia, Dani Balbi, Henrique Simonard e Juliete Panjota. Neste caso, Paes mantém liderança com 52% das intenções de voto − uma oscilação positiva de 1 ponto percentual em comparação com pesquisa feita em junho.
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Na sequência, aparece Ramagem, que foi de 11% para 14% no período. Já Tarcísio Motta oscilou de 8% para 10%. Amorim, por sua vez, oscilou de 4% para 3%, e Queiroz manteve 2%. Eleitores indecisos somam 3% (ante 4% na pesquisa anterior) e os que dizem não votar em nenhum candidato representam 15% da amostra (ante 20%).
Já no cenário espontâneo (em que não são apresentados nomes de candidatos aos eleitores), Paes saltou de 12% para 22% de junho para cá − o que indica cristalização de apoio de parte do eleitorado em torno de sua candidatura. Já Ramagem oscilou de 3% para 5%, enquanto outros nomes somaram 2% (ante 1%). Eleitores indecisos agora representam 70% da amostra (queda de 11 pontos ante junho), ao passo que os que não pretendem votar se mantiveram em 2%.
A tendência é que, com a evolução das campanhas e a aproximação das eleições (com o consequente maior engajamento dos eleitores), os candidatos apareçam com mais força nos levantamentos espontâneos.
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No último fim de semana, foi dada a largada do período de convenções partidárias para a definição de candidatos e alianças para as disputas. No Rio, o nome de Paes foi oficializado pelo PSD, mas ainda sem indicação do vice − favorito para ocupara a posição, o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) desistiu do posto. Em sua caminhada pela reeleição, Paes conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O PL também confirmou a candidatura de Alexandre Ramagem, que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) − que não esteve na convenção. O candidato está no centro das atenções em meio a investigações sobre um possível uso ilegal de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar autoridades e desafetos políticos − situação que expôs Bolsonaro e aliados.
O nome de Carol Sponza (Novo) também já foi oficializado para a disputa. Já Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP) devem ser confirmados, respectivamente, nesta quarta-feira (24) e em 31 de julho.
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Segundo turno
A pesquisa Genial/Quaest também testou 3 cenários de segundo turno. Segundo o levantamento, Paes derrotaria por ampla margem Ramagem (62% a 25%) e Motta (57% a 24%). Já uma eventual disputa entre Ramagem e Motta estaria empatada (32% a 32%).
Metodologia
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 1.104 eleitores da cidade do Rio de Janeiro com 16 anos ou mais entre os dias 19 e 22 de julho. Os dados foram coletados por meio da realização de entrevistas face a face por meio da aplicação de questionários estruturados.
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O nível de confiança do levantamento é de 95% − o que significa que, se ele tivesse sido feito mais de uma vez e sob as mesmas condições e prazos, esta seria a probabilidade de o resultado se repetir dentro da margem máxima de erro, de 3 pontos percentuais.
A pesquisa foi registrada junto à Justiça Eleitoral e protocolada sob o número RJ-03444/2024 no dia 18 de julho.