Em relatório divulgado nesta terça-feira (21), o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) apresentou um balanço dos danos causados pelas enchentes à Justiça Eleitoral do Estado. Onze prédios do órgão foram alagados — alguns, inclusive, seguem inacessíveis — e, entre outros tipos de bens, pelo menos 504 urnas eletrônicas foram atingidas pela água.
O número é referente ao que foi contabilizado em somente três cartórios, nas cidades de Arroio do Meio, São Sebastião do Caí e São Jerônimo. No relatório, o TRE ressalta que “não foi possível o acesso a diversas dependências atingidas pelo evento climático, em especial o depósito central em Porto Alegre, razão pela qual ainda se aguarda a contagem dos equipamentos danificados para ser possível lançar prognóstico sobre o impacto da enchente na eleição sob esse aspecto”.
O espaço na Capital acomoda mais de 13 mil urnas eletrônicas e foi totalmente inundado. O TRE estima que de 5 mil a 8 mil foram alcançadas pela água, mas aponta que mais da metade dos dispositivos armazenados no local não seria utilizada nas votações deste ano, justificando que “não haveria risco muito alto de prejuízo à eleição”.
No entanto, o órgão citou que “a perda do depósito inviabiliza importantes atividades de manutenção, certificação e mesmo preparação das urnas eletrônicas, sendo necessário viabilizar novo espaço, além de adquirir ou alugar equipamentos para movimentar as urnas que serão aproveitadas na eleição”. As enchentes afetaram os processos logísticos de forma geral: dependências que abrigavam veículos e equipamentos foram comprometidas, e alguns sistemas e serviços operaram em contingência.