A Polícia Federal (PF) está investigando a morte da liderança indígena Ariel Paliano, de 26 anos, ocorrida em 26 de abril.
O corpo de Paliano foi encontrado às margens da SC-477, entre os municípios de Itaiópolis (SC) e José Boiteux (SC).
O corpo estava com sinais de espancamento e queimaduras. A CNN apurou que há suspeita de disputa de terras e que esse conflito seria um dos motivos do assassinato.
De acordo como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o crime ocorreu a 300 metros da casa do indígena. A vítima morava com a mãe e o padrasto, líder da aldeia Kakupli. No dia 4 do mês passado, a casa foi alvo de tiros.
Na sexta-feira passada (10), com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Científica de Santa Catarina, e já com inquérito aberto, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão em imóveis localizados na zona rural do município de Doutor Pedrinho (SC).
Os policiais federais estiveram no imóvel da vítima e em uma casa próxima ao local em que o corpo foi encontrado. Na ação, os agentes apreenderam telefones celulares e roupas que podem ter sido usadas pelos autores do crime.
As buscas foram realizadas durante a noite pelos agentes em razão da necessidade de utilização de Luminol, um reagente químico que em contato com o ferro presente no sangue emite uma luz azul-fluorescente, permitindo a identificação de vestígios.
A PF deve fazer, ainda, outras diligências para identificar os autores e partícipes do homicídio brutal.
O Ministério dos Povos Indígenas divulgou uma nota à CNN em que “lamenta profundamente a execução da liderança indígena”.
Segundo a pasta, “trata-se de mais uma eliminação física que, pelas circunstâncias, indica a tentativa de impedir toda a luta dos povos indígenas, sobretudo a luta por seu direito à terra de tradicional ocupação”.
“O caso está sendo acompanhado por este ministério que aguarda o resultado e a justa punição aos culpados e envolvidos”, completou o ministério, comandado por Sônia Guajajara.
Compartilhe: