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Plataforma de streaming oferece apoio a empreendimentos na Casa de Cultura Mario Quintana

Plataforma de streaming oferece apoio a empreendimentos na Casa de Cultura Mario Quintana



Com os negócios parados há quase 50 dias, os empreendimentos que ocupam os espaços comerciais da Casa de Cultura Mario Quintana são o foco de ajuda da primeira etapa da campanha SOS Cultura RS, promovida pela Sulflix. A plataforma de streaming de produções gaúchas (gerenciada pela Lança Filmes) está arrecadando, desde o início de junho, doações em dinheiro em troca do direito de acesso gratuito aos mais de 1 mil produtos audiovisuais que disponibiliza. 

A meta, segundo a coordenadora da iniciativa, Gabrielle Gazapina, é alcançar R$ 60 mil em fundos para repassar R$ 12 mil para cada uma das operações. Quatro delas, estão localizadas na Travessa dos Cataventos: a loja Andaime, que teve parte de suas obras danificadas; o Térreo Bar, que perdeu  insumos; o Café Luciamaria, que além de insumos, perdeu mais de 50 mesas e cadeiras utilizadas para atender os clientes; e a Livraria Taverna, que teve mobiliário e livros estragados. A quinta operação é o Lola – Bar de Tapas, que fica no terraço da instituição cultural e – apesar de não ter sido atingido pelas águas – registrou grande quantidade de produtos perecíveis estragados. 

“Além de contribuir para a recuperação de produtos, equipamentos e mobiliários estragados pela inundação na CCMQ, esse dinheiro também tem a finalidade de ajudar na limpeza pesada (como retirada de mofo nas paredes) dos espaços, e servir de auxílio aos funcionários dessas empresas, que estão todo esse tempo sem poder trabalhar – sendo que alguns tiveram suas casas afetadas pelas enchentes”, detalha Gabrielle. De acordo com ela, que é produtora da Sulflix, 158 empresas de audiovisual que têm seus conteúdos na plataforma disponibilizaram suas obras para auxiliar na arrecadação da campanha.

“Esses produtores abriram mão de receber os valores a que têm direito por visualização de seus trabalhos, para que fosse possível viabilizar como recompensa o acesso gratuito à plataforma para os apoiadores da campanha”, explica a coordenadora da iniciativa, que ainda conta com a parceria das empresas Lince, Aro33, Apoia.se e Assessoria Flor em Flor. Gabrielle destaca que as doações podem ser feitas por cartão de crédito ou boleto no site da plataforma de financiamento coletivo ou diretamente por Pix (Chave: [email protected]).

“No caso de quem optar pelo Pix, é necessário enviar o comprovante para o mesmo email da chave de transferência. Em ambas situações, o valor dará direito às recompensas. A prestação de contas da ação poderá ser acompanhada através dos canais da Sulflix) (site e perfil do Instagram)”, emenda a produtora. Ela pondera que as recompensas variam de acordo com os valores doados: acesso gratuito na plataforma de streaming por 30 dias (para contribuições a partir de R$ 1,00); por 60 dias (para contribuições a partir de R$ 100,00); por 90 dias (para contribuições a partir de R$ 200,00) e por um ano (para contribuições a partir de R$ 1 mil). Apoiando a campanha, o usuário poderá assistir filmes, séries, shows e espetáculos teatrais gaúchos.

“A destruição (das águas) não afetou apenas as estruturas dos espaços físicos desses locais (que serão beneficiados com as doações), mas também os sonhos e o sustento de diversas famílias que dependem dessas atividades para viver”, reforça a criadora da Sulflix, Daniela Gouveia Menegotto. Ela comenta que a ideia da campanha se conectou com a própria história da distribuidora e das produtoras parceiras, que contam com a parceria da CCMQ e sua cinemateca em todos os seus projetos. “A Casa de Cultura é um dos nossos epicentros culturais, um lugar cheio de vida e que integra a história do nosso audiovisual, seja por fomentar nossas produções pela Cinemateca Paulo Amorin, seja por ser um espaço de criação e encontros.”

Gabrielle destaca que, após essa primeira etapa, a campanha SOS Cultura RS deve ser ampliada. “Quando conseguirmos atingir a meta de R$ 60 mil, vamos partir para abraçar outros espaços do Centro Histórico, e, se possível, em um terceiro momento, também queremos apoiar os empreendimentos do 4º Distrito.”



Fonte: Jornal do Comércio

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