A Polícia Civil de São Paulo começou a investigar o vereador paulistano Rubinho Nunes (União Brasil) por abuso de autoridade.
O órgão atendeu a uma determinação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que aceitou um pedido do Instituto Padre Ticão contra o político.
A entidade denunciou que Rubinho Nunes cometeu abuso ao instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre Júlio Lancellotti, “mesmo sem qualquer indício de conduta criminosa por parte do pároco, com única motivação de produzir ganho pessoal de capital político”.
Ao MP, o instituto também disse que o vereador divulgou, deliberadamente, notícias falsas sobre Júlio Lancellotti, além de ter cometido aporofobia, que é nome dado ao medo ou rejeição a pessoas pobres.
Rubinho Nunes foi o responsável por dois pedidos de aberturas de CPIs no legislativo paulistano. Em março deste ano, ele pediu para investigar abuso e assédio sexual contra pessoas vulneráveis e em situação de rua em São Paulo. Um dos focos do pedido era o trabalho de Lancellotti com pessoas em situação de vulnerabilidade.
Já em dezembro do ano passado, ele pediu para investigar as organizações que atuam na Cracolândia. Lancellotti é responsável pela Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo.
Nas redes sociais, Rubinho Nunes disse que considera a investigação contra ele um “completo absurdo” e afirmou que não cometeu qualquer ato de abuso de autoridade na ofensiva contra o religioso.