Deputados e senadores que participaram da CPMI do 8 de Janeiro foram convidados pelo Congresso dos Estados Unidos para participar de um evento para se discutir os ataques antidemocráticos da extrema-direita e mecanismos de fortalecimento da democracia nos dois países.
O convite partiu do deputado democrata Jamie Raskin, presidente da comissão que investigou o ataque ao Capitólio, em 6 de Janeiro de 2021, quando manifestantes tentaram impedir a diplomação do presidente eleito Joe Biden.
Integram a delegação os seguintes senadores e deputados:
- Eliziane Gama (PSD);
- Humberto Costa (PT);
- Jandira Feghali (PCdoB);
- Henrique Vieira (PSOL);
- Rafael Brito (MDB);
- e Rogério Correia (PT).
Além da tentativa de golpe de Estado, os parlamentares ainda devem discutir o recente embate entre o bilionário Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Semana passada, parlamentares norte-americanos divulgaram um relatório que expôs decisões do ministro que continham informações sigilosas obtidas por meio de intimação da rede social.
Essa não será a primeira vez que parlamentares norte-americanos e brasileiros envolvidos nas investigações dos atos antidemocráticos nos dois países conversam. O último encontro ocorreu agosto, quando uma delegação liderada pela deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez esteve em Brasília.
O encontro ainda acontece um mês depois da passagem de um grupo de parlamentares brasileiros pelos EUA, liderados pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), por Washington.
Na ocasião, o grupo também pretendia discutir dos ataques à democracia no Brasil, mas colocando como autores o governo do presidente Lula (PT) e o Supremo Tribunal Federal.
A audiência acabou sendo barrada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Legislativo norte-americano, McGovern. Após serem proibidos de participar da sessão, o grupo organizou uma pequena coletiva esvaziada à porta do Capitólio.