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Passando pela mitologia germânica até crenças do cristianismo, ligação entre o animal e a celebração possui diversas explicações ao longo dos anos Por que o coelho representa a Páscoa?
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Qual a relação entre o coelho e a Páscoa? Essa é uma pergunta que pode causar incertezas e, para muitos, provavelmente pode não fazer muito sentido – uma vez que o animal é um mamífero e não bota ovos, esse último, por sua vez, outro símbolo marcante da celebração neste domingo (31). Antes de contarmos as histórias por trás dos possíveis significados, vale apontar que existem diversas explicações, variando de acordo com culturas e povos.
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Uma das explicações está ligado à fertilidade do coelho. Há muito tempo, como no antigo Egito, o animal representa a fecundidade. O fato de que o lagomorfo pode ter até 10 filhotes por ninhada, 8 vezes ao ano, reforça essa crença acerca de sua imagem. Outro argumento levantado é o de que, por ser um dos primeiros animais a saírem da toca após o inverno, sua existência representaria também o renascimento – conectando-se à crença cristã de que Jesus renasceu três dias após a crucificação.
Há diferentes crenças sobre o simbolismo do coelho para a Páscoa
Polina Tankilevitch/Pexels
A mitologia germânica é outra fonte de explicação para a ligação entre a celebração e o animal. Como conta uma das lendas, a deusa da fertilidade Ostara/Eostre deu início à tradição no hemisfério-norte – o que, para alguns, justifica o nome “Easter” e “Ostern” para a Páscoa, em inglês e alemão, respectivamente.
Segundo relatos sobre a lenda, Ostara transformou um pássaro ferido em uma lebre para salvar a sua vida. Como forma de retribuição, a lebre deixou ovos coloridos para a deusa.
Representação da deusa Ostara, da mitologia germânica
Annie B Painting/WayFair
Há ainda diferentes histórias no cristianismo. Na Antiguidade, acreditava-se que o animal era capaz de se reproduzir sozinho – o que explicaria, segundo crenças da época, a capacidade de uma espécie de lebre engravidar duas vezes simultaneamente. A partir disso, a imagem do bicho passou a ser associada com Maria, mãe de Jesus.
Ao passar do tempo, o coelho foi se tornando um símbolo de pureza e inocência. Observe, por exemplo, a pintura A Virgem e o Coelho, do pintor renascentista Tiziano Vecelli.
“A Virgem e o Coelho”, de Tiziano Vecelli
Reprodução/Louvre/Wikimedia Commons
Por fim, existe ainda a teoria de que o animal foi o primeiro a testemunhar o renascimento de Jesus. O relato é de que Maria Madalena teria encontrado a sepultura aberta e encontrado o bicho, preso no túmulo. Com isso, o coelho teria sido agraciado com a responsabilidade de revelar ao mundo o retorno.
Fonte: casa Vogue
