Após ser retirado do comando da Petrobras por decisão do presidente Lula (PT), Jean Paul Prates avalia a possibilidade de deixar o PT. A decisão deve sair nos próximos 15 dias, apurou CartaCapital.
Prates disse publicamente nesta quarta-feira 15 se sentir “triste” com o modo como se concretizou sua saída da empresa. Ele deixou o prédio da Petrobras por volta das 12h, acompanhado de assessores.
A decisão de Lula representa, na prática, uma vitória para os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e da Casa Civil, Rui Costa (PT), que defendiam a demissão do ex-senador.
Jean Paul Prates tem mais de 20 anos de trabalho em petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais. Participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional, no final da década de 1980, e fundou em 1991 a primeira consultoria brasileira especializada em petróleo. Também foi secretário de Estado de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte.
Agora, restam os trâmites burocráticos para a transição na Petrobras. Na manhã desta quarta, o Conselho de Administração aprovou o encerramento antecipado do mandato de Prates e nomeou interinamente para o cargo a diretora de Assuntos Corporativos, Clarice Coppetti.
A indicada por Lula para chefiar a companhia, porém, é Magda Chambriard. Após uma investigação interna sobre potenciais conflitos de interesses e seu preparo para o cargo, ela ainda terá de passar pelo crivo do Conselho.
Chambriard é engenheira química e civil e iniciou sua carreira na Petrobras em 1980. Foi cedida em 2002 à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, onde ocupou a diretoria geral entre 2012 e 2016, nomeada pela então presidenta Dilma Rousseff (PT).