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Prévia da inflação de novembro sobe 0,62%, puxada por forte alta nos alimentos – Economia – CartaCapital

Prévia da inflação de novembro sobe 0,62%, puxada por forte alta nos alimentos – Economia – CartaCapital



A inflação deverá seguir em um ritmo acelerado no Brasil. É o que mostra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, nesta terça-feira 26, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial. O IPCA-15 subiu 0,62% em novembro, na comparação com outubro.

O índice foi acima do que era esperado pelo mercado. A agência Bloomberg, por exemplo, mostrava que os analistas esperavam um avanço em torno de 0,50%. Já o consenso Lseg estimava um avanço de 0,48%.

Com o número divulgado nesta terça, o IPCA-15 vai acumulando alta de 4,35% neste ano. Considerando o período dos últimos doze meses, a alta é de 4,47%. Para efeito de comparação, a taxa de novembro do ano passado foi de 0,33%.

Assim, até o momento, o IPCA-15 vai ficando acima da meta da inflação definida pelo Banco Central (BC), que é de 4,5% neste ano.

O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA, que é considerado o índice que mede a inflação oficial no País. No caso do IPCA-15, ele toma como base a cesta de consumo para famílias que recebem entre um e quarenta salários mínimos. O índice divulgado considerou os preços coletados entre 12 de outubro e 12 de novembro.

Alimentação cada vez mais cara

Para chegar ao IPCA-15, o IBGE monitora o vai e vem dos preços em nove categorias. Em novembro, os preços subiram em oito delas, com exceção de Educação, cujo recuo foi de 0,01%.

Nenhum grupo subiu mais do que Alimentação e Bebidas, mostrando, mais uma vez, que esses preços têm ficado cada vez mais caros para os brasileiros. A alta de 1,34% no mês, de modo que o grupo, sozinho, teve um impacto de 0,29% sobre o IPCA-15.

Se comidas e bebidas estão cada vez mais caras, a alimentação em domicílio está ficando especialmente custosa. Só em novembro, o aumento foi de 1,65%.

A expansão generalizada dos preços foi impulsionada por itens básicos da alimentação. O preço do óleo de soja, por exemplo, subiu 8,38%, enquanto o do tomate (+8,15%) e o da carne (+7,54%) também avançaram de modo significativo.

Do lado contrário, a cebola foi o item alimentar com maior queda no preço: 11,86%. O ovo de galinha também teve redução de 1,64%, enquanto os preços das frutas, de um modo geral, caíram 0,46%.

Outras altas

Segundo o IBGE, as despesas pessoais e os transportes também subiram de modo notável, com índices positivos de 0,83% e 0,82%, respectivamente.

Vestuário (0,36%), Habitação (0,22%), Saúde e cuidados pessoais (0,18%); bem como Artigos de residência (0,11%) e Comunicação (0,11%) também avançaram.

Uma das mais fortes subidas veio das passagens aéreas, com avanço de 22,56% em novembro. Só as passagens aéreas contribuíram com 0,14 ponto percentual no IPCA-15 deste mês.

Para alívio dos brasileiros, a conta de energia elétrica ficou mais barata. Em outubro, a energia avançou notáveis 5,29%, dada a bandeira tarifária vermelha. Com a volta da bandeira amarela – desde o último dia 1 de novembro -, o subitem avançou 0,13% neste mês.



Fonte: Carta Capital

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