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Quem é a farmacêutica que vendeu curso online de peeling de fenol a influencer

Quem é a farmacêutica que vendeu curso online de peeling de fenol a influencer


Nesta quarta-feira (12), a Polícia Civil do Paraná ouve Daniele Stuart, farmacêutica responsável pelo curso online de aplicação de peeling de fenol feito por Natalia Fabiana de Freitas Antonio, indiciada por homicídio com dolo eventual pela Polícia Civil de São Paulo pela morte de Henrique Chagas após procedimento estético.

Nas redes sociais, onde acumula mais de 20 mil seguidores, Daniele afirma ser formada em Farmácia e Bioquímica, pela Universidade Paulista (Unip), e pós-graduada em Biomedicina Estética, na Faculdade Inspirar.

Além de ministrar o curso que promove na área de estética, ela diz ser professora no Instituto Joana Borghetti, em Foz do Iguaçu (PR). De acordo com o Conselho Regional de Farmácia (CRF) Paraná, ela seu registro de farmacêutica está ativo e regularizado.

A farmacêutica tem uma clínica de estética chamada de Neo Stuart, localizada no Champagnat, em Curitiba (PR) e dá cursos online na área para mais de 3 mil alunos. Entre os cursos, está o de aplicação de peeling de fenol, que não está mais disponível para compra, após a repercussão do caso.

Em 2022, Laura* foi uma das alunas do curso e, em entrevista à CNN, relatou insatisfação com o material. De acordo com ela, a inscrição não solicitava nenhuma informação sobre a grau de especialização na área — qualquer pessoa poderia se matricular. A inscrição custou cerca de R$ 300,00 e a finalização gera um certificado.

“Eu assisti todas as aulas em uma tarde e tinha dúvidas que não eram respondidas”, afirma.

Daniela compartilha o curso nas suas redes sociais, com resultados de pacientes. A promessa é de melhora na flacidez, linhas de expressão e renovação da pele.

A defesa de Daniele, Jeffrey Chiquini, afirma que o curso online oferecido por ela é exclusivamente conceitual e não é profissionalizante, e cita a legislação das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

O artigo 42 afirma que “a formação inicial e continuada ou qualificação profissional podem ser ofertados como cursos de livre oferta, abertos à comunidade, com suas matrículas condicionadas à capacidade de aproveitamento da formação, e não necessariamente ao nível de escolaridade”.

À CNN, a defesa de Daniele afirma que a causa da morte da vítima é culpa exclusiva da irresponsabilidade da autora da conduta, que “além de não habilitada para atuar cometeu erros graves na realização do procedimento”, afirma.

*O nome fantasia “Laura” foi usado para preservar a identidade da fonte





Fonte: CNN Brasil

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