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RS sofreu mais de R$ 1 bilhão em danos no sistema elétrico, diz ministro de Minas e Energia

RS sofreu mais de R$ 1 bilhão em danos no sistema elétrico, diz ministro de Minas e Energia



O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirma que os danos ao sistema elétrico do Rio Grande do Sul causados pelas chuvas já ultrapassam R$ 1 bilhão, o que inclui duas subestações destruídas. Ele ainda afirmou que a pasta estuda usar o excedente da usina hidrelétrica de Itaipu para mitigar os impactos da crise nas contas de luz do impactados pelas inundações no Estado.

“Tivemos mais de R$ 1 bilhão de danos em um primeiro momento já avaliados na rede elétrica. Estou incluindo média, baixa e alta tensão”, afirmou nesta quarta-feira (22). A pasta enviou cerca de 150 técnicos, desde a terça-feira (21), para o Estado. O objetivo é identificar e reparar os danos ao sistema.
Um dos objetivos será o de reconstruir as subestações de energia Porto Alegre 2 e Porto Alegre 7, que foram destruídas pelas inundações -duas estruturas provisórias já funcionam nos dois pontos. O ministro também afirmou que pode usar o excedente de Itaipu para mitigar os impactos econômicos da tragédia.

A ideia é editar uma medida provisória, para que os recursos sejam disponibilizados por pelo menos um trimestre após a normalidade ser restabelecida na região. Nesta quarta-feira pela primeira vez desde 3 de maio o nível do rio Guaíba ficou abaixo dos quatro metros.

A Capital, no entanto, ainda é alvo da preocupação de especialistas devido ao risco de inundação e lida com os impactos da enchente que afetou comércio, indústria, serviços e moradias. Após a enchente histórica, a Prefeitura de Porto Alegre realiza mutirão para limpar as ruas que não estão mais inundadas. Já foram retiradas 2,4 toneladas de lixo, como restos de móveis. Também é realizada a raspagem de lodo acumulado e varrição.

Conforme matéria da Folha, a Prefeitura de Porto Alegre foi alertada em 2018 do risco de falhas no sistema de bombeamento na região central da Capital, em caso de cheia acima dos três metros. A informação constava de um parecer técnico elaborado em setembro daquele ano por funcionários municipais.

O centro histórico da capital gaúcha, assim como boa parte do Rio Grande do Sul, está há duas semanas debaixo d’água após serem atingidos por fortes chuvas. Segundo especialistas, o sistema criado para impedir as enchentes não funcionou corretamente. A reportagem da Folha teve acesso ao documento assinado por dois engenheiros integrantes da gestão municipal que apontaram a necessidade de rever o projeto de parte do sistema de prevenção de cheias por possível “falha na proteção”. Os técnicos se referiam a duas casas de bombas projetadas para escoar a água da chuva do centro da cidade para o Guaíba.



Fonte: Jornal do Comércio

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