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Servidores da área ambiental do governo federal propõem acordo para encerrar greve

Servidores da área ambiental do governo federal propõem acordo para encerrar greve


Servidores da área ambiental do governo federal apresentaram nesta terça-feira uma proposta ao governo para encerrar a greve que reduziu os esforços para proteger a floresta amazônica e atrasou o licenciamento de projetos de petróleo e gás.

A Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema), sindicato que representa a categoria, e seus filiados votaram a favor da greve no mês passado, exigindo melhores salários, condições de trabalho e reestruturação de carreiras.

O acordo proposto abre mão da maioria das reivindicações, focando em um aumento salarial, com a Ascema em uma carta criticando o governo Lula por negociar com “descaso, desrespeito, desdém e menosprezo por aqueles que atuam em uma pauta tão fundamental para os objetivos do governo”.

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O gabinete de Lula e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

Lula apostou sua reputação internacional na proteção da Amazônia e na restauração da liderança climática do Brasil, após retrocessos ambientais e aumento do desmatamento sob seu antecessor Jair Bolsonaro.

“Este governo não cumpriu com sua promessa”, disse Wallace Lopes, um dos diretores-adjuntos da Ascema.

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Lopes prometeu que, mesmo se a greve terminasse, uma desaceleração mais ampla do trabalho que começou em janeiro no Ibama continuaria e atrasaria o licenciamento ambiental para projetos de óleo e gás e outras atividades que necessitam de licenças.

Ele disse que os funcionários do Ibama estão preparados para manter a desaceleração até a cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU), COP30, prevista para ocorrer em Belém, na Amazônia, em 2025.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), a falta de licenças está tendo um impacto de 200 mil barris por dia na produção, enquanto a empresa estatal brasileira Petrobras disse que a falta de licenças afetou suas operações em três campos de petróleo.

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O acordo proposto ocorre depois de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou — a pedido do governo — que os funcionários do Ibama retomassem as atividades de licenciamento e prevenção de incêndios florestais, apesar de estarem em greve.



Fonte: Infomoney

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