A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná decidiu nesta quinta-feira 13, por unanimidade, tirar de Foz do Iguaçu o júri popular do ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal e tesoureiro municipal do PT Marcelo Arruda.
O tribunal optou por transferir o júri para Curitiba, decisão que acolhe um pedido da defesa do réu. Cabe recurso contra a ordem.
O relator do julgamento, desembargador substituto Sergio Luiz Patitucci, avaliou que a realização do julgamento em Foz do Iguaçu abriria o risco de parcialidade dos jurados.
Após o resultado, a defesa de Guaranho afirmou que a alteração é “fundamental para assegurar um júri equilibrado e imparcial, garantindo a lisura do processo e a efetivação do direito à ampla defesa, conforme preceituado na Constituição Federal”.
O assassinato aconteceu em 9 de julho de 2022, durante a festa de aniversário de 50 anos de Arruda, cujo tema era o então candidato a presidente Lula (PT).
Na ocasião, Guaranho passou de carro em frente ao salão de festas aos gritos de “aqui é Bolsonaro” e “Lula ladrão”. Eles discutiram e, mais tarde, o ex-policial penal voltou ao local e atirou contra o guarda municipal.
O petista, já ferido no chão, baleou o bolsonarista, que ficou internado em um hospital antes de ser transferido para a prisão.