A marca, que tem três bancas no complexo, volta, enquanto com uma das operações. A cafeteria estreou em 2019. Já a banca, quase em frente à cafeteria, onde os frequentadores estão acostumados a parar e tomar espresso de pé, além de comprar café moído na hora, deve voltar à ativa em 15 dias, adianta um dos sócios da marca Clóvis Althaus Júnior.
“A banca (de café moído na hora) vai operar dentro da cafeteria”, conta Althaus. Será uma convivência temporária.
Já a cafeteria menor, com acesso externo pelo Largo Glênio Peres e também a mais nova, ainda vai demorar um pouco mais para retornar, explica Althaus. “Antes precisamos colocar a fábrica em operação”. A unidade fica na Zona Norte, no Quarto Distrito, e foi inundada.
“Estamos focados em voltar com a torrefação”, explica o sócio-proprietário. A produção para abastecer varejos e cafeterias em todo o Brasil volta com tudo na segunda-feira (1º de julho), comemora ele. Os testes começam no fim de semana. Os grãos de café já começam a chegar à fábrica novamente:
“Vamos voltar a torrar café em Porto Alegre”.
O ritmo tem sido frenético, segundo o empresário, para colocar os estabelecimentos em atividade. “Estou esquecendo até da minha família”, resume, para descontrair, mas dando a dimensão do que vem significando calcular danos, ver soluções e conseguir tocar a “reconstrução”.
A cafeteria “volta zerada, com móveis do zero. Tudo do zero”, descreve Althaus. A inundação comprometeu os móveis que estavam no local. Uma mudança é no tipo de cadeiras, que agora serão de material plástico, mais confortáveis e mais modernas que as que pré-cheias, diz Althaus. “O medo de ter água de novo”.
Mas mesas e balcões seguem em madeira. “Sou inconsequente, como qualquer empresário. Não ia prejudicar o conceito. Não uso termo em inglês – coffee para cá e para lá. Madeira faz parte do conceito de cafeteria brasileira”, justifica.
Alguns equipamentos, como a máquina de espresso, dependem de peças que vêm da Itália. Mas tem um aparelho alternativo para a elaboração das bebidas. O gasto até agora para recuperar as instalações e algumas máquinas chegou a R$ 120 mil. Mas falta ainda a conta dos equipamentos mais sofisticados e importados, avisa Althaus.
Ele avisa também que a tele-entrega do Café do Mercado não parou em meio à cheia. Os pedidos são pelo WhatsApp: 51-99987-5553.
VÍDEO: Reencontro de mercadeiros e clientes no pós-enchente
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