Do pacote de informações a respeito da casa de campo e da linha pioneira, Rodrigo ressalta ainda a importância da criação coletiva, processo de trabalho que deu voz a todos na sede paulistana, chamados a participar e opinar – do estagiário à secretária, assistente dos Ohtake há décadas. “Implantar esse método foi um exercício de desprendimento para mim, pois tira o arquiteto da posição de pretensa superioridade. Não à toa, tudo que fazemos aqui leva a assinatura do escritório, e não a minha”, continua, enfatizando o valor do resultado obtido a muitas mãos. Nesse caso, ainda, houve vários outros envolvidos. A começar pela mulher de Rodrigo, a jornalista e curadora de arte Ana Carolina Ralston, responsável pela escolha das obras que adornam a nova residência da família. Manter várias paredes – em vez de vidro por todo lado, por exemplo – foi demanda dela, que pretendia posicionar suas peças favoritas à frente de um fundo neutro. Acabamentos e detalhes também passaram pelo crivo de Ana Carolina, até a construção alcançar o equilíbrio almejado entre indústria, arte, natureza e arquitetura.