O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ter começado a receber, a partir desta sexta-feira (12), projetos de desenvolvimento industrial e tecnológico no setor automotivo que visem a descarbonização da mobilidade e da logística. O banco de fomento informou ter disponíveis R$ 40 milhões em recursos não reembolsáveis para financiamentos em 2024.
A ação integra o programa BNDES Rota 2030, com orçamento total de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos, frisou o banco, em comunicado.
Os projetos precisam ter valor mínimo de R$ 10 milhões por operação e serem propostos por instituições de pesquisa, embora possam ter parceria de empresas intervenientes.
“Em projetos com a participação de montadoras, será obrigatória a participação de pelo menos uma empresa da cadeia de fornecimento de componentes e insumos críticos. O Banco terá participação máxima de até 80% do valor dos itens financiáveis; e de até 90% para projetos ou empresas sediadas nas regiões Norte e Nordeste”, especificou o banco de fomento, na nota.
Os projetos devem ser destinados a máquinas agrícolas (biometano e outros biocombustíveis alternativos), pesados urbanos (elétricos e a GNV/biometano), leves (híbridos a etanol, elétricos e células de combustível) e pesados rodoviários (GNV/biometano, biodiesel e células de combustível).
Os temas devem ser relacionados a baterias e powertrains (trens de força) de baixa emissão, com foco em híbridos (elétricos + biocombustíveis), incluindo seus componentes e insumos críticos e as soluções para infraestrutura de recarga; descarbonização dos processos produtivos de veículos, componentes, insumos críticos e materiais estratégicos (a exemplo de aço verde, alumínio e novas ligas especiais); e biocombustíveis e suas aplicações em veículos leves e pesados e em máquinas agrícolas (com destaque para as soluções de biometano, incluindo projetos-piloto de sua utilização).
“Em outubro do ano passado, BNDES e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) assinaram um acordo de cooperação técnica que habilitou o banco a captar R$ 40 milhões ao ano para serem utilizados em projetos da cadeia de fornecedores do setor automotivo. Com o acordo, o banco passou a operar recursos dos fundos dos Programas Prioritários do Rota 2030, que provêm, principalmente, da contrapartida de empresas beneficiadas por isenção de impostos na importação de peças e insumos não fabricados no Brasil, mas necessários à melhoria da eficiência energética da frota”, explicou o BNDES.