O júri considerou que, dos 31 trabalhos apresentados no concurso, e conforme o Relatório Final de Júri, a proposta vencedora, da autoria de CCHE Porto, Lda destaca-se “pela integração arquitetónica no contexto urbano envolvente, através da adoção, para cada núcleo, de soluções adaptadas aos edifícios contíguos, promovendo uma harmonização entre a proposta e a envolvente e a valorização do existente. Propõe igualmente uma solução arquitetónica contemporânea e de notável qualidade no desenho e compatibilização entre os diversos elementos.”
Relativamente às tipologias, o Júri refere que “no espaço interno das unidades habitacionais, destaca-se a forma como o núcleo NI01 é resolvido. O desenho ortogonal de cada um dos fogos clarifica o conjunto numa implantação de difícil resolução. A relação entre as diferentes zonas das frações possibilita a separação de funções, garantindo em simultâneo a fluidez e funcionalidade dos vários espaços.
Destaca-se a possibilidade de variação tipológica entre T0 | T3 ou T1 | T2 com uma simples abertura e fecho de parede, bem como o desenho da cozinha fechada para a sala, mas com flexibilidade de abertura. De notar ainda a amplitude dos espaços privados de permanência no exterior”.
O Júri salienta, ainda, “a qualidade estética da proposta, com a utilização de materiais duradouros e de fácil manutenção”.
De acordo com o Júri, o trabalho do concorrente Patrícia Rocha Leite + Miguel Trigo, classificado em 2º lugar, “a relação estabelecida entre o logradouro e o piso 0 dos dois núcleos (NI01 e NI02), fomentando uma relação de proximidade e apropriação do espaço pelos cooperantes em diversas atividades, é um fator de diferenciação nesta proposta”.
O Júri refere, ainda, que “o desenho das tipologias é regrado, promovendo a separação de funções através de um alinhamento central de instalações sanitárias, sobrepondo, em algumas frações, a formalidade da solução à funcionalidade da mesma”. Realça, também, “a resolução coerente da organização dos fogos sem recorrer à tipologia duplex.”
Quanto à proposta classificada em 3º lugar, da autoria de Francisco Afonso de Pina Cabral e Sofia Margarida Passos dos Santos, o Júri refere que “a capacidade de adaptação dos fogos nos dois núcleos (NI01 e NI02), possibilitando por exemplo, a evolução de uma tipologia T2 para T3, foi um fator diferenciador nesta proposta, tendo sido a única que demonstrou um pensamento sobre novos modos de habitar no que respeita à adequação das frações a um crescimento do agregado familiar”.
Os 31 trabalhos apresentados no âmbito do concurso público de conceção para a elaboração do projeto de habitação na rua de Santa Engrácia e rua da Bela Vista à Graça promovido pela Lisboa Ocidental, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana E. M., S. A., com assessoria técnica da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitetos, foram apreciados pelo Júri resultando na seguinte ordenação:
1º classificado
Concorrente: CCHE Porto, Lda
Coordenação: Michael Gonçalves Pereira
2º classificado
Concorrente: Patrícia Rocha Leite + Miguel Trigo
Coordenação: Patrícia Susana da Rocha Leite
3º classificado
Concorrente: Francisco Afonso de Pina Cabral e Sofia Margarida Passos dos Santos
Coordenação: Sofia Margarida Passos dos Santos
Galeria