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“O Véu” está localizado na entrada norte da cidade de Ho Chi Minh, Vietnã, na avenida mais atraente do centro, e é projetado para ser uma obra-prima branca que se destaca no contexto metropolitano. É também um centro de conferências internacional de múltiplos usos.
O conceito foi inspirado no véu da noiva em seu casamento. Do lado de fora, o centro possui inúmeras camadas segmentadas e emotivas que abraçam os caminhos e fornecem texturas para a estrutura. A partir daí, não só cria um espaço aconchegante por dentro, mas também maximiza a área de recepção. Como resultado, as pessoas se envolvem com mais frequência no espaço pré-evento.
A principal força motriz por trás desse conceito vem do fato de que o investidor tomou a maioria das decisões por conta própria e a estrutura já havia sido concluída antes de nossa chegada. Fomos convidados como “decoradores” dentro de um prazo de 11 meses, conferindo à edificação uma cobertura marcante. Naquela época, o volume consistia em uma estrutura com uma proporção espacial três vezes maior em áreas fechadas do que em espaços abertos. Portanto, a tarefa era melhorar o espaço de transição, que já estava presente, e fornecer possibilidades para as pessoas interagirem antes de participar do evento principal no salão, garantindo ainda assim não afetar os requisitos levantados pelo investidor.
Primeiro, expandimos o espaço verticalmente. O volume tem dois salões de recepção, cada um medindo 10 x 10 metros de largura e altura, espaçados ao longo do comprimento de dois blocos. O desafio era projetar uma área arejada e visualmente estimulante que incentivasse os convidados a permanecer mais tempo e desfrutar da experiência de se conhecer. Optamos por experimentar materiais que podem distorcer as percepções de espaço; como é inerentemente impossível expandir o espaço disponível, decidimos experimentar materiais que podem enganar a percepção espacial. O teto rebaixado é feito de painéis de alumínio polido que capturam e refletem todo o espaço e atividades por baixo. Assim, o ambiente parece duas vezes mais alto, e os convidados podem discretamente “observar” não apenas outras atividades, mas também a si mesmos através desse reflexo. Para transmitir ainda mais a sensação de amplitude, a parede em frente ao salão de banquetes é ondulada. A arquitetura industrial severa agora contrasta com o painel de madeira finamente trabalhado.
Do lado oposto, horizontalmente, estruturas perfuradas de aço pintado de branco conferem um aspecto “semi-translúcido” por fora, mais uma vez “enganando” o tamanho real do volume. O espaço não é mais restrito por suas dimensões físicas, mas pela impressão estimulante do material. As reuniões são feitas não apenas nos salões, mas também do lado de fora no pátio. Este “véu” fornece um espaço privativo e separa as atividades da avenida ruidosa, mas também é suficientemente translúcido para despertar o interesse daqueles do lado de fora. Essa intenção torna a jornada até o salão muito mais atraente e delicada.
