O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) defendeu uma frente internacional antifascista para tentar evitar a repetição de ataques golpistas como o de 8 de Janeiro de 2023, no Brasil, e o de 6 de Janeiro de 2021, nos Estados Unidos.
A declaração foi proferida em entrevista à reportagem na terça-feira 14, em Brasília, durante a primeira rodada de um ciclo de debates promovido por CartaCapital para celebrar seus 30 anos.
Correia, que integrou a CPMI do 8 de Janeiro, também disse ter “esperança” de que o Congresso Nacional retome a discussão sobre alguma forma de regulamentar as redes sociais. Em abril, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a criação de um grupo de trabalho para debater o tema, uma decisão que feriu de morte o PL das Fake News.
Segundo o deputado petista, o Parlamento “não pode ficar longe do País”, em especial no momento em que notícias falsas sobre o Rio Grande do Sul atrapalham, em sua avaliação, o trabalho de resgate em meio às enchentes que castigam o estado.
“Não me estranha, partindo do bolsonarismo esse tipo de atitude”, disse Correia. “Estive recentemente em Washington, antes de a delegação dos bolsonaristas ir para lá espalhar fake news de que o Brasil vive em uma ditadura. Estamos, inclusive, para fazer o lançamento de uma frente democrática antifascismo, um apelo internacional para isso. O método é o mesmo e talvez o principal seja espalhar fake news, discórdia e desunião. Isso leva a um caos, no Brasil e em vários países.”