A Corregedoria da Polícia Civil do Paraná e a Procuradoria-Geral de Justiça investigam o deputado estadual Tito Barichello (União Brasil), suspeito de realizar uma operação policial falsa em Curitiba, que ele alegou ser real em suas redes sociais na última quinta-feira.
Nas postagens, Barichello aparece armado com um fuzil e vestindo colete à prova de balas da Polícia Civil, e diz que está executando um mandado de prisão por violência doméstica. Sua esposa, Tathiana Guzella, que também é delegada, aparece nas imagens usando um colete à prova de balas da polícia e põe algemas em um homem que está no chão.
A Polícia, contudo, diz que, embora houvesse um mandado de prisão a ser cumprido, o deputado não tinha autorização para fazê-lo. “Nenhuma das operações realizadas era de conhecimento ou possuía a anuência da Polícia Civil”, afirmou a corporação, em nota.
A abordagem foi transmitida pela TV Massa, canal local de propriedade da família do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, sem qualquer esclarecimento nesse sentido.
Eleito deputado estadual em 2022, Tito Barichello está licenciado do cargo de delegado da Polícia Civil. Tathiana também está afastada da polícia, pois ocupa o cargo de secretária parlamentar.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o casal admitiu não ter agido oficialmente em nome da polícia, mas afirmou terem sido chamados por um líder religioso, alegando que um homem estava cometendo crimes contra sua ex-esposa e o advogado dela. Eles dizem também que não invadiram nenhuma residência.