A Copa Energia, dona da antiga Liquigás, teve de interditar o centro operativo da cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul. Os moradores do município seguem ilhados e mais de 50 mil pessoas estão em áreas de risco. Segundo a empresa, a unidade é responsável por 30% do abastecimento do gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) do estado.
Em nota, a Copa Energia informa que as operações de Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria e de municípios de outros estados seguem ativas para atender a demanda.
“A companhia está realizando uma força-tarefa para entregar GLP à população do estado”, disse.
A empresa reforça que neste momento a prioridade é a segurança e o bem-estar dos colaboradores.
Além da operação da Copa Energia, a refinaria Alberto Pasqualini (Refap), da Petrobras, também enfrenta dificuldades para escoar combustíveis devido a problemas logísticos decorrentes das enchentes.
Em nota publicada na segunda-feira (6), o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) afirmou que a refinaria – que tem capacidade para processar 32 mil m³/dia de petróleo – estava operando em carga mínima, com retirada de produtos, como diesel e gasolina, abaixo do normal.
As retiradas de gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, estavam perto de “zero”.
Catástrofe climática
As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o dia 29 de abril colocaram cerca de 78% do estado debaixo d’água.
Nesta terça-feira, o Rio Grande do Sul contabilizava 95 mortes em decorrência da tempestade iniciada em 29 de abril.
Ao todo, 131 pessoas estão desaparecidas e 362 estão feridas.
Segundo o governo estadual, 1.408.993 pessoas foram afetadas em 397 municípios. Já são 156.056 desalojados e 48.297 em abrigos.
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