O assessor especial da Presidência da República Celso Amorim afirmou, nesta sexta-feira 24, que o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, não deve voltar ao cargo.
O governo brasileiro chamou Meyer a Brasília em fevereiro, quando o chanceler israelense, Israel Katz, submeteu o embaixador a uma reprimenda pública no Museu do Holocausto, em Jerusalém, após o presidente Lula (PT) comparar indiretamente a ofensiva de Israel em Gaza ao Holocausto.
“Não havia alternativa. Nosso embaixador foi humilhado”, disse Amorim em Pequim, na China, onde cumpre agenda oficial, citado pelo jornal O Globo. “Acho que ele não volta. Se vai outro eu não sei, mas ele não volta. Ele foi humilhado pessoalmente e, com isso, o Brasil é que foi humilhado. A intenção foi humilhar o Brasil.”
A nova guerra entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro, quando integrantes do grupo palestino lançaram um ataque contra o território israelense e mataram mais de 1.170 pessoas, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Na sequência, porém, Israel deflagrou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza que já deixou cerca de 35,8 mil mortos, principalmente civis, conforme dados do Ministério da Saúde do enclave.