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Evento “Receptoras Day” vai abordar a ovodoação e embriodoação

Evento “Receptoras Day” vai abordar a ovodoação e embriodoação



A medicina reprodutiva conta com diversas técnicas para ajudar mulheres e homens com dificuldades em engravidar. Duas delas, a ovodoação e a embriodoação, registram crescimento da procura por brasileiros nos últimos anos. Para esclarecer as dúvidas sobre como funcionam os tratamentos, a clínica Nilo Frantz Medicina Produtiva, em Porto Alegre, realiza na próxima quinta-feira (18) o evento Receptoras Day com a presença de especialistas no assunto e de casais que já passaram pela experiência.

A ovodoação é a técnica de reprodução assistida que consiste na troca dos óvulos por outros de melhor qualidade e, geralmente, com uma idade mais baixa. Em geral, é feita por mulheres que têm diagnóstico de insuficiência ovariana, quando os ovários não liberam regularmente os óvulos e não produzem estrogênio suficiente. A insuficiência pode ser precoce (antes dos 40 anos); por postergação da maternidade, em decorrência de tratamentos oncológicos, radioterápicos, quimioterápicos ou devido a doenças genéticas que afetam a fertilidade.

A ovodoação leva em conta o fenótipo – características externas, morfológicas e fisiológicas – da doadora e da receptora. “Procuramos óvulos fenotipicamente compatíveis com as receptoras para fazer a troca do gameta. Quando possível, utilizamos o sêmen do parceiro ou cônjuge, mas com um óvulo de potencial melhor para fazermos os embriões e realizarmos a transferência embrionária”, explica Fernanda Robin, chefe do programa de ovodoação da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva.

Já na doação de embriões, a técnica consiste em pegar gametas heterólogos tanto do homem quanto da mulher. “É feita quando o casal, tanto o homem quanto a mulher, têm infertilidade e não podem utilizar seus gametas. Também é feita uma triagem de características fenotípicas e procuramos na clínica, dentre os embriões que foram liberados para doação, os que são compatíveis”, detalha a médica.

A busca por um fenótipo compatível varia, em média, de três a seis meses. No Rio Grande do Sul, alguns fenótipos são mais difíceis de encontrar, como o oriental e o negro. Feita essa etapa, os pacientes retornam ao seu médico para começar o ciclo de preparo à transferência embrionária. Segundo Fernanda, todo o procedimento deve finalizar em no máximo seis a sete meses.

“A procura pelo tratamento aumentou bastante. Em geral, a ovodoação é muito procurada por mulheres que resolveram postergar a maternidade e já passaram dos 40 anos, é o maior público. Também vem aumentando consideravelmente o interesse de casais homoafetivos masculinos e femininos”, conta a médica. Quando os casais são formados por mulheres, elas precisam fazer a compra do sêmen em bancos próprios.

Na avaliação de Fernanda, o encontro será um bom momento para que as pessoas interessadas no tratamento possam conversar e sanar as dúvidas com profissionais da área. O evento na quinta-feira vai contar com a presença do casal homoafetivo Jarbas Acilandre e Mikael Mielke de Bitencourt, receptor de óvulo doado, e de Karina Steiger, mãe por ovodoação e idealizadora da rede de apoio “Nós tentantes, projeto de vida”, que vão compartilhar suas experiências.

O Receptoras Day é gratuito e ocorre na quinta-feira (18) a partir das 20h, na avenida Nilo Peçanha, nº 1.221, 2º andar. As inscrições podem ser feitas no link https://forms.gle/U8aBPatQfkoNbMx26.



Fonte: Jornal do Comércio

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