O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito para investigar se a prefeitura da capital paulista comprou água superfaturada para distribuir no Carnaval deste ano. A gestão de Ricardo Nunes (MDB) tem 15 dias para prestar esclarecimentos sobre o caso.
A prefeitura teria desembolsado pouco mais de 5 reais por garrafa de água de 500 ml. “Ao todo, a gestão do prefeito Ricardo Nunes pagou 1.391.040,00 por 252 mil garrafas do tipo à empresa AMBP Promoções e Eventos Empresariais”, sustentaram vereadoras do PSOL na representação.
O inquérito foi aberto na última sexta-feira pelo promotor de justiça Ricardo Manuel de Castro. Na ocasião, ele pediu um parecer técnico para comparar o “preço pago com os valores médios de mercado, apontando, em caso de discrepância, o valor atualizado do dano causado aos cofres públicos”.
“Mesmo incluindo a refrigeração e logística para distribuição, [o valor] supera em muito o valor médio da unidade da água em R$ 1,95, conforme informado pela própria Municipalidade em sede de diligências preliminares, fato que pode indicar indícios de sobrepreço, resolvo instaurar inquérito civil para apurar os fatos”, escreveu o promotor.
A Secretaria Municipal das Subprefeituras disse em nota que irá “prestar os esclarecimentos necessários no tempo devido” e que é “importante reforçar que a licitação atendeu a todos os requisitos da lei”.
No início da semana, o MP abriu outro inquérito contra a gestão Nunes, desta vez para apurar se houve improbidade administrativa no remanejamento de recursos de oito secretarias para recapear as ruas da capital paulista.