Pelo estudo, divulgado durante evento na quinta-feira (18), os 15 setores produtivos analisados somaram perdas de R$ 297 bilhões nas arrecadações por conta de contrabando e pirataria. Outros R$ 136 bilhões se referem aos prejuízos diretos com os impostos que deixaram de ser arrecadados pelas diversas esferas de governo.
Já o custo das ligações ilegais de água chega a mais do que o dobro: R$ 14 bilhões. A quantidade de “gatos de água” é equivalente, em volume, a 2,6 vezes o sistema Cantareira, o maior reservatório de água da região metropolitana de São Paulo.
Dados do estudo também mostram que, só em 2022, a Receita Federal realizou aproximadamente 17.627 operações de combate ao contrabando, descaminho e importação irregular de mercadorias. A entrada de produtos de outros países de forma ilegal resultou na apreensão de R$ 3,78 bilhões em mercadorias ilícitas, menos de 1% do valor total mensurado no relatório.
Empregos
“Queremos contribuir para que os governos adotem medidas mais rígidas para combater essa ilegalidade, investindo ainda mais em segurança pública em todo o País“, afirmou Carlos Erane de Aguiar, diretor da Fiesp e Firjan na área de segurança.
Também presente ao evento, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o esforço deve ser de todos. “Não é só com a atuação da Polícia Federal e das polícias estaduais e municipais. (Segurança) Se faz, sobretudo, com inteligência e cooperação entre o Estado, setor privado e a sociedade. É uma responsabilidade de todos.”