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Grêmio vira sobre o Juventude e conquista o heptacampeonato gaúcho na Arena

Grêmio vira sobre o Juventude e conquista o heptacampeonato gaúcho na Arena



Quem disse que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Pela segunda vez na história, o Grêmio é heptacampeão gaúcho. Neste sábado (6), reeditando a sequência de 1962 a 1968, o Tricolor bateu o Juventude na grande final Estadual, pelo placar de 3×1, de virada. A saga de títulos que se iniciou em 2018 foi coroada por uma partida aguerrida para os 50 mil gremistas presentes na Arena, após o empate em 0 a 0 no jogo de ida.

A taça é mais um capítulo da hegemonia gremista no Estado. Os sete títulos em sequência dão a Portaluppi a tranquilidade necessária para mais um início de temporada. Agora, o foco do Grêmio está nas principais competições do ano — Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil. O próximo compromisso está marcado para terça-feira, às 19h, contra o Huachipato, na Arena.

O cartão de visitas jaconero foi surpreendente. Bastaram apenas quatro minutos para o time da Serra abrir o placar, aproveitando o espaço deixado pelo meio-campo na entrada da área. Lucas Barbosa conseguiu sair na cara de Caíque e deixou Gilberto sem goleiro para abrir o placar: 1 a 0 Papo e jogo pega fogo.

Um minuto depois, Jean Carlos arriscou de longe e obrigou Caíque a fazer bela defesa. Na sequência, Cristaldo bateu rasteiro rente à trave, aproveitando o primeiro encaixe da marcação pressão.
Com os ânimos mais controlados, os comandados de Renato Portaluppi tomaram conta das ações, mas o bloqueio adversário estava muito bem postado.

No entanto, a persistência deu resultado, e os mandantes colheram os frutos da paciência em uma blitz. Aos 42, Pavón cruzou para Cristaldo, que recebeu livre na cara do gol e tirou do goleiro com toda a calma do mundo, deixando tudo igual no marcador.

Um minuto depois, Diego Costa achou espaço e bateu de fora da área. O atacante contou com um desvio crucial do volante Caíque para virar o jogo. A vantagem deu ao Grêmio a tranquilidade de ir ao vestiário com a decisão na palma da mão, contra um Juventude que já havia deixado clara suas limitações com a bola no pé.

Na etapa complementar, os donos da casa cozinharam os primeiros minutos. A primeira escapada do Papo foi apenas aos 15 minutos, com Gilberto, que tabelou com Rildo e bateu de canhota na rede pelo lado de fora.

Aos 22, quase que Cristaldo faz mais um e fecha o caixão. O argentino recebeu na marca do pênalti e bateu de primeira, parando em um milagre do goleiro Gabriel Vasconcellos.

Com mais espaço, o Tricolor se fechou, dando ênfase aos contra-ataques, entregues aos pontas que saíram do banco de reservas. Soteldo e Nathan Fernandes deram fôlego novo pelos lados, enquanto o meio passou a ser protegido por Dodi e Du Queiroz, somados a Villasanti.

E foi com esses escapes que o título gaúcho foi decretado. Diego Costa disparou, e apesar de ser alcançado pela defesa, ele teve o recurso de fazer o giro e deixar Nathan Fernandes livre, com a missão de apenas empurrar para o fundo do gol e decidir o campeonato.

Depois disso, só festa nas arquibancadas. A euforia tomou conta da Arena e as comemorações explodiram com a bola rolando. Para 2025, fica a missão tricolor de chegar ao primeiro octacampeonato da história do clube, igualando o feito do Inter na década de 70.

Grêmio (3) Caíque; João Pedro, Geromel, Kannemann e Mayk; Villasanti, Pepê (Dodi) e Cristaldo (Cristaldo); Pavón (Nathan Fernandes), Diego Costa (JP Galvão) e Gustavo Nunes (Soteldo). Técnico: Renato Portaluppi.

Juventude (1) Gabriel Vasconcellos; João Lucas (Kleiton), Rodrigo Sam, Zé Marcos e Alan Ruschel; Caíque, Jadson (Mandaca) e Jean Carlos (Erick Farias); Edson Carioca (Rildo), Lucas Barbosa (Nenê) e Gilberto. Técnico: Roger Machado.

Árbitro: Rafael Rodrigo Klein.



Fonte: Jornal do Comércio

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