O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), descartou nesta segunda-feira 6 a possibilidade de aumentar o IOF para segurar o avanço do dólar frente ao real. Ele se reuniu com o presidente Lula (PT) por pouco menos de duas horas, em Brasília, nesta manhã.
O Imposto sobre Operações Financeiras incide sobre pessoas físicas e jurídicas que realizam qualquer tipo de operação financeira, a exemplo de empréstimos, financiamentos, investimentos, seguros e câmbio. Foi criado por uma lei de 1966 para substituir o imposto sobre transferências para o exterior.
“Não tem discussão de mudar regime cambial”, disse Haddad ao ser questionado por jornalistas. O dólar, segundo ele, sofreu um “stress” em todo o mundo. “Hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos [Donald Trump] deu declarações moderando propostas feitas durante a campanha. É natural que as coisas se acomodem.”
Haddad declarou que a reunião com Lula serviu para apresentar o planejamento de sua pasta. A prioridade, enfatizou o ministro, é votar o Orçamento de 2025, o que deve ocorrer no início de fevereiro. Novas medidas de corte de gastos não entraram em pauta, reforçou.
Ele acrescentou que a proposta do governo de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a ser compensada com a taxação de rendas acima de 50 mil reais por mês, só deve chegar ao Congresso Nacional após as eleições para o comando da Câmara dos Deputados e do Senado, marcadas para o começo do mês que vem.