O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), espera obter um apoio emblemático e poderoso em sua cruzada em defesa da taxação dos “super-ricos” em nível internacional, ideia que vem sendo defendida pelo chefe da equipe econômica em fóruns internacionais nos últimos meses.
Na próxima semana, o petista deve embarcar para o Vaticano, sede da Igreja Católica, em Roma (Itália). Haddad terá um encontro com o papa Francisco e pretende angariar apoio do pontífice para a proposta de taxação dos “super-ricos”.
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O ministro da Fazenda participará do workshop “Enfrentando a crise da dívida no Sul Global”, organizado pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais. Ele também deve se encontrar com ministros das Finanças de outros países.
No fim do ano passado, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que mudou as regras de tributação para aplicações financeiras mantidas por brasileiros no exterior e instituiu a cobrança do chamado “come-cotas” para fundos exclusivos.
A proposta de taxação internacional levantada pelo Brasil vem sendo discutida no âmbito do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana.
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Países como França, Espanha, Alemanha e África do Sul já sinalizaram apoio ao projeto, por meio do qual os multimilionários teriam de pagar, todos os anos, impostos no valor de pelo menos 2% da sua riqueza total.
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Por outro lado, a proposta brasileira tem encontrado resistência nos Estados Unidos e em alguns países europeus.
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Agenda no Vaticano
A programação de Haddad no Vaticano ainda não foi confirmada oficialmente pelo Ministério da Fazenda. A previsão é a de que o ministro embarque para Roma no dia 3 de junho, no início da tarde, partindo de São Paulo (SP).
No dia 4, Haddad deve ter uma reunião com o ministro da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, e com a ministra das Finanças da Indonésia, Sri Mulyani Indrawati. O retorno ao Brasil está previsto para o dia 5.
Nesta quarta-feira (29), Haddad está em São Paulo (SP), onde tem algumas reuniões no escritório do Ministério da Fazenda na capital paulista. O ministro não participou do anúncio do novo pacote de medidas do governo federal para a reconstrução do Rio Grande do Sul, mais cedo, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).