Por
Arquitetos:
BUZZ | Büro Ziyu Zhuang- Área:
4000 m²
Ano:
2023
Fabricantes: Kesheng Construction Engineering, TG Wuhan Architectural glass, Zhaoqing Asia Aluminum Factory
Descrição enviada pela equipe de projeto. Nos vastos anos de experiência do BUZZ Architects, a “montanha” dentro da imagética oriental se tornou um tema contínuo de exploração. Ao contrário da percepção ocidental das montanhas como entidades sólidas, o oriente as vê como fluidas, como nuvens ou ar, um conceito refletido em experiências artísticas e central para a prática do BUZZ.
Este projeto está situado entre as montanhas do Rio Mayang, divergindo de projetos anteriores de baixa densidade ao integrar de perto a arquitetura com a montanha, formando uma estrutura vertical com múltiplas camadas. O desafio estava em misturar alta densidade, fluidez, mudanças ao longo do tempo e os conceitos de solidez e suavidade. Através do design espacial, a arquitetura serpenteia com as curvas da montanha, criando uma forma fluida que conecta os diferentes tipos de espaços internos e produz um efeito de cenário em mudança. Para minimizar o impacto na paisagem natural, os espaços de experiência são elevados, promovendo uma sensação de flutuação e criando uma atmosfera única.
De um lado, o volume se agarra à montanha, com vista para o vale e as montanhas distantes; por outro lado, ele se abre. Usando diferentes camadas e desalinhamentos, o volume arquitetônico é dissolvido, criando espaços como terraços e pátios que formam vistas interessantes da montanha. O desenho do beiral, suave como uma fita, reduz a sensação de grande escala, conectando os volumes de ambos os lados para dialogar com a paisagem e os nós comerciais. Essa abordagem de design fluido posiciona o projeto como um marco dentro do Complexo de Cultura e Turismo de Acomodações Minnan.
O método aplicado transcende a mera imitação do terreno, associando-se intimamente à teoria da arquitetura do solo. A continuidade do espaço interior e a estratificação coexistem com as curvas do terreno definindo áreas funcionais e circulação. O projeto visa orientar o movimento dos visitantes, fornecendo um campo vetorial aberto para estimular o desejo de exploração. A cobertura ondulada cria experiências visuais e táteis ricas, enquanto os decks de observação e curvas invertidas oferecem vistas e janelas diversas.
Do lado de fora, o volume parece um navio cortando as ondas; de dentro, os beirais se fundem com a montanha, mostrando uma interligação entre a natureza e o artificial. O processamento do espaço e as relações narrativas estão alinhadas com a imaginação espacial das pessoas: luz da manhã sobre a arquitetura, neblina subindo entre as montanhas, como a bordo de um navio flutuando. A exposição vertical do centro de artes e o espaço aberto no átrio oferecem uma experiência visual contínua. O salão da livraria se torna um excelente local para apreciar as vistas panorâmicas. A unidade interna e a relação da fachada criam um conflito visual único, conferindo gentileza e força à arquitetura. A parte posterior do projeto remove obstruções, com grandes janelas trazendo a paisagem natural, permitindo momentos serenos em meio à natureza.
Um distrito cultural e criativo ligado ao centro de artes e à livraria tem o potencial de sediar mais atividades culturais e encontros, animando o espaço arquitetônico. Essa integração supera as relações tradicionais, proporcionando uma nova experiência de “mudança de cenário passo a passo”.
