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Arquitetura como “pedra angular” da regeneração ambiental – KANAME NO MORI é um edifício comercial recém construído voltado para o shopping Arcade Palm em Musashikoyama, Tóquio. O projeto é concebido para ser um sucesso econômico como um complexo comercial, contribuir para a revitalização do distrito e criar um ecossistema saudável de solo, água e ar. Acreditamos que a arquitetura deve desempenhar um papel fundamental na regeneração do meio ambiente.
O edifício é posicionado no lado noroeste do terreno para criar um afastamento de cerca de 2 metros no lado sul, e a parede do segundo andar é recuada mais 3,5 metros, criando uma escada que conecta o primeiro, segundo e último andar, gerando um caminho tridimensional que leva do shopping até a rua atrás do edifício. Além disso, no espaço triangular no lado norte do terreno, um antigo santuário foi preservado e restaurado, e um escritório que serve como administração do edifício é construído de frente para o santuário. Isso permite que metade dos inquilinos estejam voltados não apenas o shopping, mas também para a passagem verde, aumentando o valor comercial do edifício. Além disso, ao abrir uma passagem de vários níveis para a rua atrás da edificação e para a empresa ao norte, um novo fluxo de pessoas é criado, melhorando também a ventilação e a luz solar dentro do terreno.
O exterior da base e do terraço é construído usando o método Takada, que retém e purifica a água da chuva e recarrega o lençol freático. Os montes dispersos foram plantados com carvalho e outras mudas. A vegetação eventualmente cobrirá todo o terreno, criando um ambiente fresco, confortável e úmido. A água da chuva é canalizada e fluirá no caminho e no lado oposto. O parapeito não foi instalado para manter o fluxo de água e evitar o entupimento do sistema de calhas. Em vez disso, foram instalados encaixes metálicos em forma de “L” a intervalos de 900 mm no topo, e galhos resistentes foram fixados nos encaixes metálicos com arame. A parede exterior diretamente abaixo disso foi rebocada com terra da escavação local. A água da chuva desce por esta parede.
A resistência à terremotos, prevenção contra incêndios, impermeabilização, isolamento térmico e estanqueidade exigidas pela arquitetura urbana são atendidas por materiais artificiais típicos como concreto, aço e vidro. No entanto, os materiais usados para reboco interior e exterior são naturais como terra, pedra, carvão, palha, folhas caídas e galhos. A terra utilizada foi escavada no processo de construção, e os galhos, ramos e folhas caídas foram todos colhidos durante a manutenção do jardim e da floresta. Esses materiais naturais foram fixados sem o uso de máquinas pesadas, e nenhum sistema de irrigação foi instalado. Esta é uma nova maneira de fazer arquitetura em uma cidade densamente povoada, na qual os materiais se tornam a “pedra angular” da regeneração ambiental pelo poder da natureza, da vida e das mãos humanas.
