A Chocolate Lugano está mais internacional, principalmente no peso da receita da empresa. Os embarques da marca para os Estados Unidos, único mercado importador neste momento, vai ser recorde este ano. O CEO da chocolataria, Augusto Schwingel Luz, revela para a coluna que o crescimento será de 50% em volume e avisa: “Tem bastante contrato em negociação”. Ou seja, podem ter mais vendas sendo fechadas pela fabricante com sede em Gramado, “capital” nacional do chocolate artesanal, para lojas em território norte-americano. Uma das redes que voltou a fazer encomendas é a famosa Dollar Tree, para abastecer o Natal de 2024 e a Páscoa de 2025. Vai ser a maior cliente, diz o CEO. A Burlington, varejista com lojas em diversos estados, também renovou as compras da Lugano, que já havia estreado nas gôndolas da rede em 2023. Este ano tem uma novidade: além de trufas, que a marca produziu especialmente, já despachou uma primeira carga com 35 mil unidades com versões ao leite, com amendoim e chocolate amargo, algo que não é vendido no mercado brasileiro. A barra deve custar US$ 4,99 (cerca de R$ 25,00).
“Quase triplicamos a venda para a rede. Em épocas de baixa produção para o mercado brasileiro, conseguimos encaixar a demanda deles”, destaca Luz. Outra cliente da Lugano é a DesignPac, que monta caixas com variedade de itens. Em 2024, a Lugano deve mandar 250 toneladas de produtos para os EUA, ante 40 toneladas despachados em 2023. A fatia na receita total deve saltar de 2% para 10% este ano. Estar mais presente nos EUA não é só dólar ingressando no caixa. A Lugano tem outros dois focos que miram futuro: posicionamento de marca e um desejo sério para ter unidades físicas no exterior. “Colocamos aos poucos a marca fora do País, não com lojas próprias, mas para entender o mercado e o que o cliente gosta, além de testar produtos”, observa Luz. “Tem demanda diferente de mercado. Também podemos buscar tendências de embalagens e sabores. Já desenvolvemos produtos para os EUA que depois lançamos no Brasil, como o Chocobomb e a trufa da linha Chico de caramelo com amêndoas”, exemplifica o CEO. Mas o maior passo deve ser mesmo a abertura de ponto físico. “É nosso grande anseio: ter loja própria e franquias. Já estamos fazendo pesquisas de mercado. Nosso foco maior é a Costa Leste, como Flórida, e cidades do Meio Leste, menos Nova York, devido ao custo elevado. Mas precisamos de capital. A ideia é consolidar a marca no Brasil e depois abrir lá. Algo para três a quatro anos”.
Uma das marcas mais populares no Rio Grande do Sul entre amantes das famosas chimias (doce de frutas) quer crescer ainda mais no mercado externo, alicerçada em uma credencial poderosa em vendas, que é a certificação internacional sobre segurança alimentar. Auditoria recente avaliou mais de 150 processos nos mais diversos setores da operação. A marca tem o certificado desde 2021. Segundo a empresa, com sede em Tupandi, a manutenção da norma FSSC 22000, renovada pela Global Food Safety Initiative (GFSI), vai pesar na busca por exportações. “Montamos um time de comércio exterior em 2023. Já estamos vendendo para a América Latina e África e tivemos a aprovação de produtos pelo FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos”, lista o gerente de marketing, Marcelo Altenhofen. “Nos EUA, estamos mirando o mercado da saudade”, pontua o gerente. Esse mercado abrange brasileiros que residem no país e que buscam consumir produtos da sua terra. “Há espaço para isso. E um bom exemplo disso é a chimia, iguaria reconhecida pela sua afetividade, sabor, tradição e cultura”, valoriza Altenhofen.
Para acessar mais destinos no exterior, como o norte-americano, e outros como o mexicano, a marca esteve presente em uma feira de alimentos no país, em comitiva organizada pela ApexBrasil. Além de México, que deve entrar na lista de compradores, Chile, Uruguai, Guiana Francesa e Angola já estão entre os destinos recentes, com venda de creme de avelã e chimia, por exemplo. “Antes tínhamos embarques pontuais, sem um time focado no mercado internacional”, demarca o gerente. O Paraguai é hoje o comprador mais forte, com foco em atacados para padarias e supermercados. “México e América Latina como um todo são importantes.” Hoje, 98% da receita da Bom Principio vêm do mercado interno. “Temos muita expectativa sobre o mercado externo. Os alimentos têm muita capacidade e linhas têm muito apelo. Gradualmente, vamos mais a feiras no exterior para prospectar”, resume o gerente:
“Visitamos muitos países, mas as feiras têm muito fluxo.” A marca registrou crescimento de 33,6% na receita bruta em 2023 ante 2022. Para 2024, a meta é ter alta de 30% no faturamento. Um novo centro de distribuição em Cabo de Santo Agostinho vai melhorar a logística. “Estamos no grupo Mateus (supermercados). É uma grande rede e formadora de opinião. Quem está lá consegue entrar em outras operações. Vamos levar as geleias a 270 lojas e vamos entrar no Muffato (supermercado) este ano”, cita.
> O indicador de inadimplência da CDL Porto Alegre teve alta em março, ficando em 14,72%, ante 14,45% fevereiro, no Rio Grande do Sul, e em 15,7%, ante 15,52% do mês anterior, em Porto Alegre. É um novo recorde da série. A estimativa é de 206 mil empresas negativadas no Estado.
> A Fruki amplia a ação em segmentos mais jovens, marcando presença no STU National, circuito brasileiro de skate, que terá etapa em Porto Alegre, de 12 a 14 de abril na Orla do Gasômetro, e premiando skatistas amadores que fizerem manobras na área durante o evento com um vídeo profissional.
> O Fort Atacadista, do Grupo Pereira, tem Feirão de Empregos em Novo Hamburgo, onde abrirá um atacarejo. A seleção será nos dias 15 e 16 na sede da prefeitura. Serão 250 vagas. Os candidatos devem levar currículo impresso e documento com foto.
A coluna de segunda-feira mostrará a história da Zimmer, que reabriu esta semana, após incêndio dois anos atrás, e em novo endereço.