Entre as dúvidas quanto ao impacto do protecionismo de Donald Trump e a certeza dos efeitos danosos das taxas de juro internas, o governo Lula aposta no aumento do crédito e do investimento para evitar que a desaceleração da economia, prevista para este ano, resulte em danos ainda maiores. O adiamento das sanções impostas ao México e outros países e o precedente da negociação com o Brasil de cotas de exportação do aço no primeiro governo Trump resultaram em uma atitude de cautela por parte da indústria e de Brasília, à espera das medidas específicas a serem tomadas pelo governo dos EUA, após a taxação das importações de aço e alumínio em 25%.
A possibilidade real de um desaquecimento e seus efeitos negativos a um ano das eleições preocupa o governo, que assumiu a dianteira na ampliação do crédito e do investimento para deter, ou ao menos moderar, a desaceleração prevista. A primeira medida foi elevar o prazo máximo para empréstimo consignado a aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC.