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Maioria dos brasileiros defende a manutenção das cotas no ensino médio, diz Datafolha – CartaCapital

Maioria dos brasileiros defende a manutenção das cotas no ensino médio, diz Datafolha – CartaCapital



Pesquisa Datafolha divulgada, neste sábado 6, mostra que mais da metade da população é contrário ao atual modelo da política educacional de cotas.

Apesar de 83% dos brasileiros defenderem manutenção da política educacional para o ensino superior, 41% acredita que a lei não deva conter o critério racial. Outros 15% afirmam que não deveria existir nenhuma reserva de vagas.

Ao todo são 56% os contrários ao modelo vigente, contabilizando os que são contra os critérios raciais e os contrários a qualquer política de reserva de vagas.

Do outro lado, outros 42% defendem a manutenção do modelo atual das cotas, com reserva de 50% das vagas do ensino superior para alunos dado sistema publico, prevendo, dentro das vagas reservadas dos alunos das escolas públicas, a destinação específica para pretos, pardos e indígenas.

A Lei de Cotas foi instituída pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2012. Somente em 2016, a reserva dos 50% de vagas para alunos no ensino público foi alcançada de maneira ampla.

Em 2023, o Congresso aprovou a renovação da legislação, que tinha duração de 10 anos. Entre as novidades incorporadas pelos parlamentares estão a redução da renda familiar para a reserva de vagas e a inclusão de estudantes quilombolas no sistema do benefício.

Entre os maiores defensores da medida estão os mais afetados pela política, como os estudantes, pessoas pretas e jovens entre 16 e 24 anos.

A polarização política também se reflete na defesa do benefício educacional. Entre os que votaram em Lula no segundo turno das eleições, 55% dão apoio a lei atual.

Já entre os eleitores bolsonaristas, o apoio da política nos moldes atuais cai para 30% e a oposição contra qualquer reserva de vagas sabe para 21%.

A pesquisa entrevistou 2002 pessoas, de forma presencial, em 147 municípios, entre os dia 19 e 20 de março de 2024. A margem de erro para a amostra geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.



Fonte: Carta Capital

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