O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que ‘não é a hora de procurar culpados’ pela dimensão dos danos e perdas trazidas pelas enchentes e inundações no estado. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa, neste domingo 5, ao lado de Lula e líderes do poder legislativo.
“Não é hora de procurar culpados, não é hora de transferir responsabilidades. Vamos ter que trabalhar à altura que o momento histórico exige”, destacou. Leite é questionado nas redes por ter destinado poucas verbas destinadas à Defesa Civil e para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Leite também fez o apelo ao governo e líderes da Câmara e Senado para flexibilizar regras fiscais e desburocratizar ações do governo e parlamentares que visam a reconstrução do estado. “O orçamento estadual é pressionado por dívidas e regras fiscais. Vamos ter restrições que vão exigir excepcionalidades”, reforçou.
Durante a coletiva, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também destacou a necessidade de que o Congresso elabore uma medida “totalmente extraordinária” para o estado. Lira destacou que será feita uma reunião nesta segunda-feira 6 com líderes partidários para que a Câmara possa discutir o tema.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reforçou o ensejo de Lira afirmando que é o momento de “retirar da prateleira e da mesa a burocracia” na aprovação de medidas que viabilizem a reconstrução do RS. “Não há limitações, não há restrições legais de tempos comuns. Há necessidade de retirar da prateleira e da mesa a burocracia e as limitações para que não falte ao RS para a sua reconstrução”, afirmou.
Pacheco também destacou a necessidade do governo liberar as chamadas emendas parlamentares ao menos aos políticos do Estado para que possam destinar verbas para medidas emergenciais. No entanto, o líder do Senado reforçou a preocupação em vencer lentidão da burocracia com a garantia da segurança jurídica nas ações tomadas.
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada já afetaram mais de 780,7 mil pessoas e deixaram 75 mortes confirmadas até o momento, de acordo com o último boletim da Defesa Civil. Dos 497 municípios gaúchos, 334 foram afetados pelas fortes chuvas, que já obrigaram 95,7 mil pessoas a abandonarem suas casas e deixou 104,6 mil desalojados.