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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quinta-feira 18 que a decisão sobre a distribuição de dividendos extraordinários a acionistas da empresa cabe ao governo Lula (PT). Segundo ele, “tudo pode” e não há obstáculos para o repasse integral do montante.
Dividendos são uma parcela do lucro a ser repartida entre os acionistas. Já dividendos extraordinários são aqueles pagos além do mínimo obrigatório.
Prates declarou que o tema não deve constar da pauta da reunião do Conselho de Administração marcada para esta sexta-feira 19.
“A diretoria já tomou sua decisão. Fizemos a proposta, que está tecnicamente respaldada (para distribuir metade dos recursos)”, afirmou. “O governo vai orientar os membros do Conselho de Administração. Não está na pauta da próxima reunião do Conselho. Provavelmente, o tema pode ser deliberado durante a assembleia-geral de acionistas (em 25 de abril) ou depois da assembleia .”
Questionado por jornalistas se o governo pode pedir o repasse de 100% dos dividendos extraordinários, Prates respondeu que “tudo pode”.
“Não tem empecilho. Todo o dinheiro está na conta da reserva de dividendos, no caixa da empresa. Estou evitando comentar o que se diz. Foram duas semanas de fontes do Planalto, de assessores. Eu, quando falo, boto minha assinatura.”
Em março, a Petrobras anunciou a decisão de reter os dividendos extraordinários, associados ao lucro do quatro trimestre de 2023, de 31 bilhões de reais. Naquela reunião do Conselho, Prates advogou pela distribuição de pelo menos metade do montante, mas o colegiado decidiu transferir cerca de 44 bilhões de reais em dividendos extras para uma conta de reserva.
