“É considerado o maior espaço de debates políticos, sociais e econômicos da América Latina”, assim começou a abertura do painel intitulado “O Poder da Mordaça”, na tarde de sexta-feira (6) no Fórum da Liberdade. O painel contou com a presença de Gustavo Maultasch, Marcel Van Hattem, Marcelo Rech e Mônica Salgado.
“Qual o futuro da liberdade de expressão?” Essa foi a pergunta que abriu o painel. “Toda a tirania surge mascarada de boas intenções”, continuou o apresentador e mediador Richard Sacks que em seu discurso interrogava o público presente, com perguntas que questionavam quem já havia deixado de expressar as suas opiniões por medo de ser cancelado ou perseguido e alertava as pessoas que era preciso se manter vigilante e atento para que a mordaça não caia sobre ninguém.
O jornalista reafirmou a importância da diversidade de posições políticas e citou que a imprensa não deve ser uma ferramenta de propaganda. “Quando se fala em liberdade de imprensa, ela está associada ao jornalismo e portanto ativismo é ativismo e jornalismo é jornalismo” ressaltou o palestrante.
Gustavo Maultasch focou no embate entre direita e esquerda e sobre considerar determinado lado o “certo”. Ele citou como exemplo os casos onde se é dito que não se pode criticar a ciência, mas argumentou que a ciência também erra e muitas vezes é imoral, citando como referência o caso do racismo científico.
Encaminhando-se para encerrar a sua palestra, Maultasch comentou que a democracia não tem uma garantia de que algo vai acontecer como a gente queira. “ Ela é uma competição retórica para a transição pacífica de poder e assim evitamos a tirania” afirmou.
Ao entrar no palco, Mônica Salgado confessa que está um pouco nervosa, fora da sua zona de conforto e
Entretanto, comenta que nem assim conseguiu se afastar da militância e que a cultura woke que coloca no centro o identitarismo, já mostrava os seus tentáculos no início de 2010.
O último convidado a subir ao palco foi o deputado federal Marcel van Hattem (Novo) que mirou seu discurso no campo político, com críticas ao STF. Além de falar sobre os cenários na Venezuela e na Nicarágua, também abordou a liberdade de imprensa na Rússia.