A Rússia vetou nesta quarta-feira (24) uma resolução da ONU patrocinada pelos Estados Unidos e pelo Japão apelando a todas as nações para evitarem uma perigosa corrida armamentista nuclear no espaço sideral. A votação no Conselho de Segurança de 15 membros foi de 13 a favor, enquanto a Rússia se opôs e a China se absteve.
A resolução apela a todos os países para que não desenvolvam ou implantem armas nucleares ou outras armas de destruição maciça no espaço, conforme proibido por um tratado internacional de 1967 que incluía os EUA e a Rússia, e que concordem com a necessidade de verificar o cumprimento.
A embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, disse após a votação na qual o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que Moscou não tem intenção de implantar armas nucleares no espaço, que o veto levanta a questão do que o governo pode estar escondendo.
O vice-embaixador da Rússia na ONU, Dmitry Polyansky, respondeu que a impressão inicial de Moscou era que a resolução era “mais um golpe de propaganda de Washington”, sendo “muito politizada” e “divorciada da realidade”.
O anúncio da resolução seguiu a confirmação da Casa Branca, em fevereiro, de que a Rússia obteve uma capacidade “preocupante” de armamento anti-satélite, embora tal arma ainda não esteja operacional.