Por
É no caminho entre sua casa, no bairro de Higienópolis, e o trabalho, na Rua Amaral Gurgel, que a livreira fundadora da Gato sem Rabo encontrou o seu terceiro lugar. “Acompanho o Takkø Café desde quando era o Beluga, do outro lado da praça [Rotary]”, diz. “Gosto de ir caminhando para o trabalho, paro, peço meu matcha latte com leite vegetal, feito pela Keila, e sigo para a livraria, na quadra ao lado.” Johanna conhece todos os funcionários e desenvolveu uma proximidade com os donos. Decorou os pratos do menu e tem até as suas fases de favoritos para listar: a torrada de ovos foi o primeiro hit, agora está rendida às delícias do tuna melt, sanduíche tostado feito com lombo de atum confitado, maionese, cebola-roxa, picles, dill e cheddar. “Acredito nessas pequenas rotinas que trazem sentido para o dia. Me proporciona uma relação mais positiva com a cidade, com o bairro e com quem trabalha ali.” Também aproveita para marcar encontros com amigos, reuniões ou, quando está sozinha, sempre leva um livro. “Me sinto à vontade. De certa maneira, as pessoas me conhecem e isso traz a sensação de proximidade e pertencimento.” Tanto o Takkø Café quanto a Gato sem Rabo fazem parte da renovação cultural do centro de São Paulo, que proporciona bons encontros a qualquer hora do dia. “O movimento de mais moradias ativas no bairro faz com que a população esteja na rua, andando, o que é benéfico para a região porque também faz circular o público dos cafés, restaurantes, livrarias e outros pequenos negócios.” Na sua proposta de livraria, por exemplo, com um acervo composto por obras escritas por mulheres, pessoas trans e travestis, ela convida os transeuntes a participar de encontros informais em torno de alguma temática ou lançamento – é possível acompanhar a programação pelo perfil do instagram @gato.sem.rabo. (Rua Major Sertório, 553)
