Não muito distante dali encontra-se o Palacete Pinho, símbolo magno das casas dos barões da borracha, com estilo eclético e arquitetura inspirada em villas italianas do séc. 17. A antiga residência possui inúmeros itens vindos da Europa especialmente para o projeto, como os azulejos alemães e os gradins ingleses, ressaltando o período de abundância econômica do ciclo da borracha. Nos últimos dois anos, o palacete passou por um restauro e, em fevereiro, foi aberto à população. Abriga agora o Núcleo de Artes, Cultura e Educação (Nace), da Secretaria de Educação, e funciona como uma grande escola de artes, incluindo música, teatro, dança, cinema, entre outras manifestações. Falando em cultura, não dá para não mencionar o Theatro da Paz, projeto iniciado pelo engenheiro militar José Tibúrcio de Magalhães inspirado no Teatro alla Scala, de Milão. Foi a primeira casa de espetáculos construída na Amazônia, tendo recebido a visita de grandes companhias de teatro europeias. Por lá, a dica é fazer uma pausa na antiga bilheteira e atual Bar do Parque para um petisco ou uma cerveja artesanal paraense, ou ainda realizar um passeio guiado pelo interior do teatro. Exemplo bem-sucedido de revitalização de área turística e point do melhor pôr do sol da cidade é a Estação das Docas. Antiga porta de escoamento da borracha amazônica para o mundo, hoje abriga um complexo cultural e restaurantes. Um dos destaques fica para a sorveteria Cairu, maior referência do gênero do Norte e reconhecida como uma das melhores do mundo. O vasto cardápio inclui sorvetes de frutas paraenses como uxi, taperebá e bacuri. O sabor carimbó é um dos queridinhos por conta da mistura de ingredientes regionais infalíveis: cupuaçu e castanha-do-pará. Parada obrigatória!